Recebí uma crônica de Arnaldo Jabor por e-mail, de uma colega de profissão. Sendo de Jabor ou não (é bem a cara dele mesmo) me sentí na obrigação de replicar. Não por ser um fato isolado, mas por textos desse delinquente que extrapolam nossas caixas de e-mails todos os dias. Ou a sua não?
Se quiserem ler a crônica ( http://www.culturabrasil.org/brasileironaoesolidario.htm ), é interessante, pra contextualizar a resposta. Beijos!
Caríssimas/os companheiras/os,
Me permití parar tudo de importante que estava fazendo nesse momento para pegar o gancho desse grandissíssemo filha da puta que é o Arnaldo Jabor e fazer um parelo com a atual conjuntura brasileira, da qual somos mais que atores, mas protagonistas.
Mil desculpas aos que curtem esse cidadão, mas vê-lo citar Che Guevara pra argumentar sua (falta) de política, a neoliberal, é no mínimo de fazer imaginar que o suicídio seja uma alternativa agradável: "Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas."
Valha-me Deus! Se os bandidos são assim tão poucos e fáceis de dobrar, porque nos ilustríssimos governos anteriores, abre aspas: "Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente." não deram conta????
HAHAHA Eh de chorar, neh minha gente? Voltar pras mãos de quem? Fernandos Henriques da vida? Que venderam o Brasil a troco de miséria e agora quer vir falar de recurso natural????? Abre aspas novamente: "Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!" Se ainda temos, graças a gente de bem do Arnaldo Jabor é que não é.
Que se foda se nosso Presidente não tem escolaridade quanto o dele. Bem ou mal (em momento nenhum digo ser o Lula o redentor), ele tirou 30 milhões de brasileiros da miséria. Será que esse Senhor sabe do q estamos falando? Que os 90 reais do bolsa-família a galera pode enfiar onde quiser, mesmo que não seja esse o propósito? Que medidas EMERGENCIAIS (e não vitalícias) enchem o estômago das pessoas, e que quem tem fome tem pressa? Claro que ele não sabe. Pois se não sustentado pelo mensalão ou afins, é pela globo e os tubarões da comunicação, que infelizmente abre seu espaço (e pra tantas outras inutilidades) para que esse velho caquético despeje merda atrás de merda em nossos ouvidos.
Se as ONGs de direitos humanos dão ou não pitacos à respeito da nossa criminalidade, ao meu parecer estão até atrasadas, porque se hoje dizem 'sim' ao respeito da enorme maioria marginalizada que se viu nessa vida por total falta de opção e exclusão social, deveria ter sido mais enérgica em relação a punição dos nossos torturadores! Nossos sim, meu, seu, de td mundo que lê esse e-mail, achando ser um passado remoto o espaço de 40 anos. A impunidade é reflexo da história brasileira. Mas lá vem esse, denovo, filha da puta, me dizer q bandido bom é bandido morto. Então que vá matar seus coronéis, e não as mulheres q atiraram em legítima defesa contra seus agressores domésticos, aos pais que roubaram 1 pedaço de pão na padaria ou ao menino que virou traficante por cheirar cola qdo criança pra entorpecer a vida.
Na Europa tudo é perfeito! No Brasil tudo uma merda... Então faz as malas e vaza! Porque não é de gente como Arnaldo Jabor que precisamos. Se acha que honestidade está em baixa, principalmente na favela, é porque nunca pisou em uma. E se realmente ainda acha que está em baixa, deveria olhar melhor de manhã no espelho, quando lava a propria cara.
Democracia? É sim, a vontade soberana do povo. E não são os jornais dos 84% de aprovação que me dizem isso não. É o sorriso. É a abertura de milhares de vagas nas Universidades Brasil a fora que buscam a inclusão dos 90% da juventude brasileira que está fora dela. Quando no meu trajeto casa/escola vejo o hospital do câncer reformando, os estudantes na rua pra pedir passe-livre. Ah claro! Mas a mídia só presta quando é pra passar sua ridícula esquetezinha no Jornal da Globo. Democracia é poder comer, poder ir e vir, ver o circo na rua, falar o que pensa. Não é isso que Jabor faz todos os dias em nossa infâme madrugada?
Porra galera, desculpa a revolta, mas é que não dá! Não dá pra deixar passar esse tipo de demagogia inescrupulosa. Somos nós professores, formadores de opinião, que sinceramente, só devem ler coisas desse tipo para saber o que não falar, nem na pior das hipoteses, nem na hora da morte. Nem nunca.
O Brasil não é mesmo o país do futuro. Pra mim é o país do presente, que faz a hora e não espera acontecer. Que tira força das próprias tripas pra festejar o carnaval. E não é clichê ou vagabundagem que eu esteja citando isso: é a relidade do sangue e do suor que são o motor desse país. Se Deus é mesmo brasileiro, eu não sei. Mas eu sou, e não vou deixar um qualquer deturpar a construção de uma era, não vou deixar cuspir na labuta de cada um que ergue essa nossa pátria amada. Tão sofrida, e tão valorosa.
Sinceramente, avisem a esse cidadão, quem é o bovino na história.
Saudações aos que lutam!
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Não faço idéia de onde você vem. Mas sei de seu sorriso como ninguém mais no mundo sabe. Não sei o que pensa do amor, mas sei que o vive como ninguém. Não sei quem você foi, as dificuldades que certamente já teve na vida. Quem você vai ser, nem mesmo você sabe. De uma bondade imensurável, que espelha a alma, assim mesmo, de dentro pra fora. Exterioriza o que tem de melhor. Recluso e cauteloso às últimas circunstâncias, mesmo que isso custe a interrupção de um sentimento bom. Medo de errar, eu acho...
E eu? Que tão desmedida sempre cruzei todas as fronteiras, todos os limites? Receosa, acuada. Medo de jogar tudo pro alto dessa vez...
Quase como Alice num país de maravilhas –e loucuras-. Um passo maior que as próprias pernas? Mas o tamanho das pernas, e do obstáculo é absurdamente relativo. Depois de beber a tal poção do conto, medida não serve mais pra nada. Dona de um relógio que confunde as horas (não por culpa do relógio, mas da saudade), correndo atrás de um coelho de cartola que nem mesmo sei se corre ou se apenas me espera ir de encontro.
Alice e o gato, somos eu e você. Tenho fixa na memória só a cena do sorriso do gato desajustado, portanto, não tenho dúvidas de quem é quem nessa história. Um chapeleiro maluco que nunca sei se ajuda ou atrapalha, e uma rainha de copas à espreita, querendo a todo custo, minha cabeça.
De fato, nessa fábula louca, só não há espaço pro medo. A não ser que você esteja certo, e ele sirva somente como magnetismo, entre o obscuro e a excitação. Perante isso, não prometo poupar esforços até achar novamente, o sorriso imprevisível do gato.
E eu? Que tão desmedida sempre cruzei todas as fronteiras, todos os limites? Receosa, acuada. Medo de jogar tudo pro alto dessa vez...
Quase como Alice num país de maravilhas –e loucuras-. Um passo maior que as próprias pernas? Mas o tamanho das pernas, e do obstáculo é absurdamente relativo. Depois de beber a tal poção do conto, medida não serve mais pra nada. Dona de um relógio que confunde as horas (não por culpa do relógio, mas da saudade), correndo atrás de um coelho de cartola que nem mesmo sei se corre ou se apenas me espera ir de encontro.
Alice e o gato, somos eu e você. Tenho fixa na memória só a cena do sorriso do gato desajustado, portanto, não tenho dúvidas de quem é quem nessa história. Um chapeleiro maluco que nunca sei se ajuda ou atrapalha, e uma rainha de copas à espreita, querendo a todo custo, minha cabeça.
De fato, nessa fábula louca, só não há espaço pro medo. A não ser que você esteja certo, e ele sirva somente como magnetismo, entre o obscuro e a excitação. Perante isso, não prometo poupar esforços até achar novamente, o sorriso imprevisível do gato.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Há dois anos atrás, eu não sabia nada de mim. Em consonância com a luta coletiva, veio a luta individual. E consequentemente com a vitória coletiva, também a individual. Porque 1º de fevereiro trouxe às páginas da minha história, a própria HISTóRIA, com seus personagens fabulosos, contos desconcertantes, cacos e fragmentos de outras lendas -algumas muito mais reais que meu próprio cotidiano-.
Com aquele portão azul ao chão, rompeu-se um ciclo de injustiça e desilusão. O pátio cheio de carros -todos intactos, antes e depois- apequenavam o espaço que outrora foi nosso, só nosso, de todo nosso povo. O chão de cascalhos e pedras, levantava uma poeira que fazia ir -'me fazia vir'- às lágrimas por saber que nossa batalha e nosso sangue, libertavam. Brava gente! Do alto do telhado, dava pra avistar a emoção de uma valorosa companheira que colocara todo seu empenho naquele momento. Cabelos vermelhos, camisa azul... Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil!
1º de fevereiro não foi só uma folha no calendário. Foi o resgate da honra de tantos que deram a vida, de inúmeras formas, por aquilo que somos hoje. Recuperamos nossa casa, nossa dignidade, o espaço da onde surgirão outros camaradas que certamente darão também a vida, de tantas outras formas, pelos que virão.
E começou a construção. Da coletividade, de uma família que em poucos minutos se encontrou no olhar. A família Mudança. Pinta muro, varre o chão... Compra queijo pras gurias vegetarianas! E não há quem hoje, ouse me dizer, que outro mundo não é possível.
Continuo sem saber quem sou. Mas sei quem tenho. Nessa jornada dos últimos dois anos, muito vivi, não assisti. Sei porque sou. Porque causa eu luto. Sei que morando a dois quarteirões da praia do Flamengo - nº 132, ou do ponto mais distante do Brasil, é só esticar os braços e chamar pelos meus: tenho um lar.
Com aquele portão azul ao chão, rompeu-se um ciclo de injustiça e desilusão. O pátio cheio de carros -todos intactos, antes e depois- apequenavam o espaço que outrora foi nosso, só nosso, de todo nosso povo. O chão de cascalhos e pedras, levantava uma poeira que fazia ir -'me fazia vir'- às lágrimas por saber que nossa batalha e nosso sangue, libertavam. Brava gente! Do alto do telhado, dava pra avistar a emoção de uma valorosa companheira que colocara todo seu empenho naquele momento. Cabelos vermelhos, camisa azul... Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil!
1º de fevereiro não foi só uma folha no calendário. Foi o resgate da honra de tantos que deram a vida, de inúmeras formas, por aquilo que somos hoje. Recuperamos nossa casa, nossa dignidade, o espaço da onde surgirão outros camaradas que certamente darão também a vida, de tantas outras formas, pelos que virão.
E começou a construção. Da coletividade, de uma família que em poucos minutos se encontrou no olhar. A família Mudança. Pinta muro, varre o chão... Compra queijo pras gurias vegetarianas! E não há quem hoje, ouse me dizer, que outro mundo não é possível.
Continuo sem saber quem sou. Mas sei quem tenho. Nessa jornada dos últimos dois anos, muito vivi, não assisti. Sei porque sou. Porque causa eu luto. Sei que morando a dois quarteirões da praia do Flamengo - nº 132, ou do ponto mais distante do Brasil, é só esticar os braços e chamar pelos meus: tenho um lar.
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