sábado, 7 de fevereiro de 2009

Não faço idéia de onde você vem. Mas sei de seu sorriso como ninguém mais no mundo sabe. Não sei o que pensa do amor, mas sei que o vive como ninguém. Não sei quem você foi, as dificuldades que certamente já teve na vida. Quem você vai ser, nem mesmo você sabe. De uma bondade imensurável, que espelha a alma, assim mesmo, de dentro pra fora. Exterioriza o que tem de melhor. Recluso e cauteloso às últimas circunstâncias, mesmo que isso custe a interrupção de um sentimento bom. Medo de errar, eu acho...
E eu? Que tão desmedida sempre cruzei todas as fronteiras, todos os limites? Receosa, acuada. Medo de jogar tudo pro alto dessa vez...
Quase como Alice num país de maravilhas –e loucuras-. Um passo maior que as próprias pernas? Mas o tamanho das pernas, e do obstáculo é absurdamente relativo. Depois de beber a tal poção do conto, medida não serve mais pra nada. Dona de um relógio que confunde as horas (não por culpa do relógio, mas da saudade), correndo atrás de um coelho de cartola que nem mesmo sei se corre ou se apenas me espera ir de encontro.
Alice e o gato, somos eu e você. Tenho fixa na memória só a cena do sorriso do gato desajustado, portanto, não tenho dúvidas de quem é quem nessa história. Um chapeleiro maluco que nunca sei se ajuda ou atrapalha, e uma rainha de copas à espreita, querendo a todo custo, minha cabeça.
De fato, nessa fábula louca, só não há espaço pro medo. A não ser que você esteja certo, e ele sirva somente como magnetismo, entre o obscuro e a excitação. Perante isso, não prometo poupar esforços até achar novamente, o sorriso imprevisível do gato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário