Sombras por todos os lados. Das que sugam o que há de terno e bom, e escurece os corações. Falta equilíbrio, falta estímulo, falta amor. A música do vizinho já não invade a minha casa, não se mistura com o som da roupa batendo na máquina de lavar. E da janela emperrada do quarto não se vê a cor do morro, nem o limo verde da escada de pedras na varanda.
Quando mais será cobrado de uma alma que padece?
O tempo é quente e o céu é cinza. Escrevendo páginas de um diário que ninguém lê.
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