quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Claustrofóbica, nunca fui. Por outro lado, nunca me sentí tão pouco livre, nem mais acuada por quatro paredes. Por todas as paredes. Um labirinto de proporções faraônicas, tão alto que não se consiga distinguir o que é firmamento ou ainda muro. Tão denso que não reste um fiapo de luz que aponte uma direção. E essa vida? É sempre assim? Tem mesmo que ser assim? No marasmo, aquela falta de cor, de cheiro, de som, que dá preguiça só de pensar. No cotidiano em que os ponteiros do relogio correm mais que vento em dia de tempestade, cada trago de oxigênio traz uma nova informação e não resta nem mesmo o prazer da fumaça que acalma. Hoje, de tão distraída, me queimei com a ponta de um cigarro. Pensando na morte da bezerra, diria minha mãe. Pensando muito além, diria eu.
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