segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A gente tem que se apaixonar todos os dias. Um após o outro, é bem verdade. Pelas cores, pelos sons, pelos cheiros, pelas pessoas, situações, momentos e lugares. As vezes tudo de uma vez (o que torna mais difícil enxergar a paixão que vem no dia seguinte).
Sabe quando se quer congelar o dia e hora?
Eu nunca ví um lugar tão colorido quanto aquele...
As casas na beira da estrada eram de pedaços de pau telhados de palha, mas os varais, das cores mais vivas que possam existir na Terra!
Os tambores daquele lugar, como trovão nos ouvidos, na cabeça, e no peito, como que anunciando uma chuva que nunca chega, a não ser na lágrima que escorre.
O cheiro de mar, a mesa de garrafas e peças de dominó. Olhos negros e sorriso alvo como que num quadro preso na retina, fixo, imóvel, e no fundo uma melodia familiar que diz alguma coisa sobre fumar o cigarro da saudade...
Sei lá se as informações astrológicas procedem, mas se a gente tem mesmo que se apaixonar todos os dias, bem que podia ser hoje pra sempre.

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